O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE será capacitado como uma das duas instituições de fomento piloto do Programa de Green Finance, do Prosperity Fund (UK Government’s Prosperity Fund Green Finance Programme) para capacitação de instituições de fomento na busca de recursos para financiar projetos que promovam o crescimento sustentável e o aprimoramento do mercado de finanças verdes no Brasil.
Nesta quarta-feira (10/10), na Residência Britânica em Brasília, o chefe do Departamento de Novos Negócios do BRDE, Fernando Lopes Laurent, e o coordenador de Responsabilidade Socioambiental, Eduardo Grijó, acompanharam o ato de formalização do memorando de intenções do Programa. Assinaram o documento o Embaixador Britânico, Vijay Rangarajan, o Presidente da Associação Brasileira de Instituições de Fomento – ABDE, Marco Aurélio Crocco, e a vice, Jeanette Halmenschlager Lontra.
Junto com o BRDE, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG será a segunda instituição piloto do instrumento guarda-chuva para iniciativas de capacitação das instituições financeiras a serem realizadas no período de 2019/2020. A primeira fase, de capacitação, está orçada em 25 mil libras esterlinas. Serão aplicadas até 80 mil libras esterlinas com a segunda fase, que compartilhará a experiência dos pilotos com as demais instituições de desenvolvimento do Brasil, e a terceira fase que, já no próximo mês de março de 2019, identificará projetos de captação de recursos no Reino Unido para aplicação no Brasil.
Sob a temática dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a parceria do Reino Único considera o compromisso de redução de gases de efeito estufa firmada pelo Brasil na COP21 (Acordo de Paris – Meta de “2 graus”). Na capacitação do BRDE e BDMG como forma de piloto dos Bancos de Desenvolvimento que estão se estruturando para emissão de Títulos Verdes e ODS, a parceria ainda desenvolverá metodologias e acompanhamento de impacto sustentável produzidos pelos projetos apoiados pelos recursos oferecidos.
O Embaixador Britânico, Vijay Rangarajan, comentou no ato de assinatura, que “a experiência que inicia no Brasil, foi aplicada na Índia e na China, para onde a capacitação em finanças verdes permitiu a aplicação de investimentos do Reino Unido que iniciaram com 100 milhões e que superam a alguns bilhões de libras esterlinas”. A intenção é replicar o movimento no Brasil, “parceiro muito importante para os compromissos ambientais nas áreas dos combustíveis, de infraestrutura e agricultura de baixo carbono”, acrescentou o Embaixador.