Curitiba, capital das criptomoedas

Wuzu prevê responder por mais de 25% do mercado até dezembro

A capital paranaense está se notabilizando por sediar companhias que negociam criptomoedas. Depois do grupo Bitcoin Banco, que abriu em Curitiba (foto) a primeira agência física do país e que também está formalizando a criação de uma entidade nacional para congregar todas as exchanges brasileiras, agora é a vez da recém-criada Wuzu. A companhia lançou, em fevereiro, uma plataforma para trablhar com as quatro principais criptomoedas (Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash e Litecoin).

A nova plataforma tornará possível a criação de uma rede de corretoras de criptomoedas para realizar a conexão entre dois ou mais pontos de negociação, de modo que quando uma ordem é enviada em uma ponta, qualquer corretora da rede pode acessá-la em outra, garantindo maior liquidez e velocidade na execução das ordens. De acordo com a empresa, a tecnologia utilizada na transação de ativos é muito similar à utilizada pela B3, a bolsa de valores brasileira. Até o final deste ano, a Wuzu prevê responder por mais de 25% do mercado brasileiro de criptomoedas. Nos últimos 13 meses, o volume negociado em Bitcoins no Brasil saltou de R$ 210 mil para R$ 113 milhões por dia, segundo dados anunciados pelo mercado recentemente.

A empresa surgiu da experiência de negociar criptomoedas nas bolsas internacionais e no país com o fundo Alpha Ledger, que opera desde 2015 com negociações de arbitragem High Frequency Trading entre os mercados dos Estados Unidos e da China. “As diversas bolsas que negociam criptomoedas detêm sistemas não padronizados e lentos, com tecnologias obsoletas. A partir daí, surgiu a ideia de criar uma bolsa baseada no mercado financeiro tradicional, com capacidade para suportar dezenas de milhares de clientes conectados simultaneamente e com segurança”, assegura Anderson Nery, cofundador da Wuzu.

Em abril, mais uma vez o Banco Central do Brasil (BC) advertiu que todas as moedas virtuais precisam ser vistas com cuidado por quem quer investir. Os bancos centrais em todo o mundo têm afirmado reiteradamente que esses ativos podem dar a impressão de ser moedas, mas não têm lastro.

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