Fonte: A Rede
Representantes de 62 cooperativas filiadas ao Sistema Ocepar, somando cerca de 90 pessoas, aprovaram as prestações de contas de 2016 realizadas em Assembleia Geral Ordinária (AGO) pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar). Na oportunidade, houve ainda a aprovação dos balanços patrimoniais, além dos orçamentos e do planos de ação de 2017. Também foram apresentados os pareceres das auditorias e dos Conselhos Fiscais da Ocepar e Fecoopar.
O evento ocorreu na tarde desta segunda-feira (03), na sede das entidades, em Curitiba, e contou com a presença do ex-presidente João Paulo Koslosvki, que ainda ocupava a presidência da Ocepar nos três primeiros meses do ano passado. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, prestigiou a AGO, representando o presidente Márcio Lopes de Freitas.
Na abertura da AGO, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, lembrou que 2016 foi um dos anos mais difíceis de todos os tempos, marcado pela instabilidade política e enfraquecimento da economia nacional, com redução do Produto Interno Bruto (PIB) próxima dos 4%. “Foi algo nunca imaginado e há muito tempo não vivenciávamos um momento como esse, com impactos imprevisíveis em toda a sociedade”, afirmou. “O cooperativismo paranaense sentiu o efeito da redução da atividade econômica. Mas, com planejamento, racionalidade de custos e muito trabalho, conseguiu fechar o ano com faturamento de R$ 70 bilhões, 16% a mais em relação a 2015”, acrescentou.
Ainda de acordo com ele, as cooperativas paranaenses registram queda nas sobras, que ficaram 12% menor, devido à redução de renda, elevação dos custos de logística e dos encargos.
Ricken destacou que mais pessoas estão buscando o cooperativismo no Paraná. “Com aumento de 15%, chegamos a 1,4 milhão de cooperados em 2016. Nosso setor gerou ainda mais de 85 mil empregos diretos e respondeu por 2,8 milhões de oportunidades de trabalho. Com isso, quase 30% da população estadual tem relação com o sistema”, frisou.
Atualmente há 221 cooperativas registradas no Sistema Ocepar, atuando em 10 diferentes ramos: agropecuário, crédito, saúde, transporte, infraestrutura, educacional, habitacional, consumo, trabalho e turismo e lazer. Segundo o presidente da organização, as cooperativas já são as maiores empresas em cerca de 120 municípios paranaenses, gerando e reaplicando resultados no local de origem onde estão instaladas, em benefício da população. “Nosso sistema é forte, integrado e contribui para o desenvolvimento do estado e do país. Para continuar esse processo, o setor tem planejado cada vez mais suas atividades, como comprova o PRC 100, o plano estratégico do cooperativismo paranaense, cuja meta é faturar R$ 100 bilhões ao ano, e que vem sendo implantado com firmeza”, disse.
Ele lembrou que os investimentos anuais das cooperativas do Paraná se mantêm próximos do R$ 2 bilhões, 80% dos quais destinados aos projetos das agroindústrias e em infraestrutura produtiva. “Hoje, mais de 48% da produção das cooperativas agropecuárias já é transformada em produto de valor agregado e gera mais renda aos cooperados. Do total exportado pelo cooperativismo brasileiro, 41% são das cooperativas do Paraná, superando os R$ 7,3 bilhões ao ano”, enfatizou.
Cooperativas de crédito tem R$ 30 bilhões em ativos
Ricken destacou ainda o crescimento do cooperativismo de crédito, que atualmente responde por R$ 30 bilhões de ativos e “viabiliza cada vez mais o acesso aos recursos, serviços e produtos financeiros a milhares de pessoas, por meio de sua capitalaridade e forte vínculo com as ações locais e regionais”, frisou. “Na saúde, são mais de dois milhões de beneficiários atendidos no estado por mais de 14,7 mil profissionais congregados em 33 cooperativas, ofertando serviços de qualidade”, afirmou também.
O dirigente falou ainda sobre a atuação das cooperativas nos demais segmentos. “Temos 31 cooperativas de transporte, com 2.700 cooperados. O cooperativismo também desempenha papel significativo nas áreas de infraestrutura, trabalho, educacional, turismo e lazer, consumo e habitação, cada ramo buscando alternativas para levar os benefícios do sistema a um maior número de pessoas”, ressaltou. “Isso porque o cooperativismo não é só importante para os cooperados, é importante para toda a sociedade”, completou.
Presenças
Na AGO, Ricken conduziu as atividades, com apoio dos superintendentes da Ocepar, Robson Mafioletti, da Fecoopar, Nelson Costa, e do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, que apresentaram uma síntese das principais atividades executadas no ano passado por cada uma das entidades que compõem o Sistema Ocepar e as ações previstas no plano de trabalho de 2017. Também houve a participação dos contadores da Ocepar, Claudiomiro Santos Rodrigues, e da Fecoopar, Carlos Roberto Gonçalves, responsáveis pelo repasse das informações referentes aos balanços patrimoniais e orçamentos. Já os pareceres da auditoria ficaram sob a responsabilidade do auditor Aloísio da Silva. Os conselheiros da Ocepar, Urbano Inácio Frey, e da Fecoopar, Jorge Hashimoto, fizeram a leitura dos pareceres dos Conselhos Fiscais de cada uma das entidades.
